DIZIMOS E OFERTAS, OBRIGAÇÃO OU NÃO?

Mais um tema super  polêmico, afinal, somos ou não obrigados pelas Escrituras a entregar ou pagar dízimos e ofertas a Deus?

Resposta: Não!

Embasamento:

Primeiramente para deixar bem claro, vamos estudar um dos embasamentos Bíblicos clássicos para argumentar a obrigatoriedade.

1º lugar – Campeão absoluto nos púlpitos tupiniquins à Malaquias 3: 8-11

-Pode até parecer loucura, mas você já pensou em estudar o livro de Malaquias inteiro? Isso mesmo, inteiro, seus 4 capítulos que levam menos de 15 minutos para ler e reler novamente, já pensou em fazer isso? Ahhh sim, não deu tempo né, entendo... Mas vamos lá!
- A quem o texto se dirige? Se você reparar no verso 1 do Cap. 2, Deus disse exatamente a quem esta exortação era dirigida, ou seja, aos SACERDOTES e não ao povo todo. Pois bem, do verso 1 do Cap. 2 para frente, Deus está falando diretamente aos sacerdotes, e não com o povo todo, muito menos com nós hoje em dia... Mas existe uma condição temporária para isto? Sim meu chapa, veja.

- Porque Deus deu a ordem arrecadação de dízimos e ofertas naquela época? Como todos nós sabemos (em nome de Jesus) quando o povo de Israel tomou posse da terra prometida (Canaã) após a morte de Moisés, sob os comandos do então líder Josué, as terras que eram infinitamente extensas, foram divididas entre todas as tribos (12 tribos ok...) com exceção de uma, a tribo de Levi (Josué 18-7), mas porque?

Deus desejou e assim Santificou a tribo de Levi, ou seja, separou para Si, os nomeando e ordenando como seus sacerdotes, encarregados de cuidar do templo, até então itinerante, cuidando de todas rotinas do templo, incluindo as cerimonias, recebimento de sacrifícios, louvor etc... Por este motivo, Deus ordenou e determinou que a partir daquele momento toda a tribo de Levi estaria desobrigada de trabalhar, para poderem dedicar-se em tempo integral a Deus em todas as muitas tarefas do templo, haja visto que não receberam nem 1 palmo de terra para criar animais ou tão pouco cultivar algo, Deus então instituiu os dízimos e ofertas obrigando a toda nação de Israel (agraciada com terras gratuitamente) a entregar parte de suas lavouras e de seus animais aos Levitas para seu sustento assim como sustento do templo.
Ficou claro que o texto de Malaquias não traz em seu conteúdo nada que se refira a nós como mandamento, uma vez que são existem mais os Levitas, tão pouco sacerdotes, templo etc...
Pergunta: Se Jesus rasgou o véu entregando-se na Cruz, nos dando acesso direto a Deus nosso Pai por meio dele mesmo (Jesus), e isto acabou com o sacerdócio, uma vez que o sacerdócio era nosso único modo de se chegar a Deus, então Jesus não acabou automaticamente com nossa obrigação em sustenta-los? Sim Graças a Deus!

Parece estranho ouvir e saber dessas boas novas? Sim claro! Pois é Palavra pura e não doutrina!

Mas e o Kiko?

O mais importante é saber que Jesus cumpriu e instruiu o cumprimento desta lei, pois como Judeu que é, sempre zelou para com o cumprimento de toda a Lei de forma que não houvesse quem o pudesse repreender por sua conduta, mas tudo mudou na Cruz, uma vez que Jesus cumpriu a lei em sua totalidade justamente para ter toda a autoridade para fazer o que fez, ou seja, extingui-la definitivamente! Veja Colossenses 2. Jesus extinguiu totalmente o legalismo, ou seja, a imposição das leis, uma vez que naquela Cruz meu chapa, foram pagos muito mais que dízimos e ofertas, naquela Cruz foram pagas nossas cartas de alforria celestiais!

Então beleza, não tem que dar mais nada? Uhuuuuu!!
Nada disso meu camarada, muita calma!

Não é assim que devemos proceder, pois agindo assim nos tornaríamos liberalistas, o correto é fazer como Paulo nos aconselhou (2 Cor 9:7) e doar com espontaneidade, sinceridade, sem barganhas de coração grato e generoso. Afinal isto é uma norma mínima de educação, contribuir com um local que frequentamos com regularidade etc... Nunca por obrigação muito menos por lei! Entretanto, pelo Amor de Deus, eu suplico a vocês que vejam muito bem onde investem seus recursos, peço que avaliem a seriedade do local onde você frequenta em primeiro lugar, não seja alienado! Mas sem Evangelho, com muita dor no coração, diante de Deus eu sou obrigado a dizer que você está condenado a escravidão.

Jesus sempre andou na contra mão das igrejas-empresas.

Pense e reflita comigo, Jesus sempre incentivou a cada um ir, e não a ficar preso a ele no sentido literal, físico... Seu interesse é que cada um, em recebendo a Palavra em seu coração, tomasse seu caminho e seguisse disseminando a mesma Palavra a todos através do Amor, o verdadeiro evangelismo o Amor! Não importando que para isso, esta pessoa estivesse em sua presença física 1 única vez em toda sua vida, mas importou-se sim que cada um permanecesse sim em sua presença Espiritual eternamente mantendo Jesus no coração. Isso é completamente diferente do desejo da igreja-empresa, que não quer de forma alguma que a pessoa venha, receba e vá, não, jamais! Isso seria péssimo para os negócio$, o ideal é que a pessoa, venha, ache que está recebendo, fique completamente presa em diversas doutrinas e assim permaneça “membro” eternamente, sócio minoritário, dizimista, ofertante pelos séculos dos séculos...

Porque você acha que alguém constrói igrejas e templos com 5, 10, 20 mil lugares? Para incentivar a vir e ir? De forma alguma! O ideal para o qual existem é VENHA E FIQUE! Será que estou falando alguma besteira?

Segue aqui um vídeo do meu mano Caio falando um pouco sobre o assunto:

Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=p1TgltiFPPQ
Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=euCfs9PMnUk
Parte 3 http://www.youtube.com/watch?v=4evGy43nLgg- 


No mais manos e minas, este assunto é demasiadamente longo, e minha intenção neste texto foi mesmo mostrar a não obrigatoriedade em cumprir uma lei extinta, aliviar os ombros de gente boa que está medo do devorador do inferno, sem perceber que muitas vezes o devorador está de terno e gravata, ou até mesmo com uma camisa xadrez bem moderninha em cima de um altar... Quero dizer a todos meus amados manos e minas que esta é a Boa Nova de Deus!

Nele, Thiago Marcone.